Embora o volume de venda ainda seja baixo, chama a atenção o maior interesse dos importadores mexicanos pela carne bovina in natura brasileira.
“O México é um parceiro comercial recente e está tomando cada vez mais espaço nas exportações de proteína bovina do Brasil”, observa a Agrifato.
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Em julho/24, os mexicanos adquiriram 4,91 mil toneladas de carne bovina in natura brasileira, um aumento de 30,7% sobre o resultado de junho/24 e o maior volume da história, destaca a Agrifatto, citando dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
“Esse resultado coloca o México como o 9º maior comprador de carne bovina do Brasil”, destaca a Agrifatto.
Uma das motivações para o aumento das compras mexicanas de carne bovina brasileira está na alta das cotações da carne bovina no país e, ao mesmo tempo, nos baixos preços de importação da carne brasileira.
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Ainda no campos das “novidades”, quem também merece destaque positivo são os filipinos e os russos, destaca a Agrifatto.
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Em julho/24, a Rússia foi o país que mais avançou percentualmente no comparativo mensal, comprando 8,38 mil toneladas de proteína bovina in natura brasileira, 58,92% a mais que o registrado em junho/24 – e o maior montante adquirido pelo país nos últimos 12 meses.
“Essa força russa está atrelada à estagnação na produção interna do país, ao mesmo tempo que a demanda voltou a se firmar diante da força do rublo perante o dólar (a moeda russa foi uma das que mais se valorizou em 2024)”, justifica a Agrifato.
As vendas ao mercado das Filipinas também se destacaram no mês passado. O país adquiriu 12,44 mil toneladas da proteína brasileira, 49,10% acima do resultado de junho/24 – e o maior volume da história.
“Esse montante colocou as Filipinas como o terceiro maior comprador de carne bovina do Brasil em julho/24, posição que o país não ocupava desde agosto/23, quando adquiriu 7,43 mil toneladas”, observa a Agrifatto.
Uma das principais motivações para os avanços filipinos nas compras está na carne suína, diz a consultoria. O país vem enfrentando um surto da Peste Suína Africana (PSA) que já provocou o abate sanitário de mais de 400 mil suínos no país desde 2019.
“Nos últimos dois meses, os casos da doença avançaram com intensidade, fazendo com que o Ministério de Agricultura do país colocasse urgência na compra de vacinas”, conta a Agrifatto.
Com uma população de mais de 100 milhões de pessoas, continua a consultoria, os importadores das Filipinas estão atuando para manter as gondolas abastecidas, mesmo que seja com produto importado do Brasil.
“Vale destacar que, desde março/24, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA) tem anuência do governo filipino para certificar e habilitar frigoríficos nacionais para exportar carne bovina e suína graças ao regime de ‘system accreditation’”, ressalta a Agrifatto.