No primeiro semestre de 2024, o Brasil exportou 427,95 mil bovinos vivos, o que representou aumento de 60% sobre a quantidade de gado vivo negociada no mesmo período de 2023 e o segundo maior resultado da história, informa a Agrifatto, com base em dados da Secretária de Comércio Exterior (Secex).
“Caso o desempenho de junho-julho/24 se repita para os próximos meses, provavelmente iremos registrar o maior embarque de bovinos vivos da história do Brasil”, destaca a Agrifatto.
Nos primeiros seis meses do ano, os principais países compradores de “gado em pé” do Brasil foram Iraque, Turquia, Egito e Líbano, que juntos adquiriram 88,19% do total embarcado no período.
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O Pará dominou as vendas externas de bovinos vivos, respondendo por 55,27% do total exportado, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 26,30% de participação, segundo a Agrifatto.
Grupo restrito
O Brasil é um dos seletos países que realizam comércio internacional de “gado em pé”. No entanto, diz a Agrifatto, o impacto deste nicho de negócio sobre os preços internos do boi gordo e da reposição é pequeno.
“O total de gado enviado para fora do país no ano de 2023 representou apenas 1,7% do total abatido durante o ano”, observa a consultoria, que complementa: “Mesmo que atinjamos 1 milhão de bovinos enviados em 2024, isso corresponderia a apenas 2,67% do total estimado que será abatido no Brasil em 2024 (37,50 milhões de cabeças)”.
Embarques de julho/24
Depois de bater um recorde histórico em junho/24, as exportações brasileiras de gado vivo recuaram em julho/24, para 100,16 mil cabeças – uma redução de 14,64% em relação ao volume de maio/24.
Mesmo assim, destaca a Agrifatto, o resultado de julho/24 foi o maior volume embarcado da história para este período.
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Receita
Com um volume total de 37,08 mil toneladas, as 100,16 mil cabeças exportadas no mês passado renderam ao Brasil US$ 84,92 milhões. Segundo cálculos da Agrifatto, o preço médio desses animais vivos foi de US$ 847,79/cabeça.