Com preços competitivos, câmbio favorável e uma demanda firme, as exportações brasileiras de bovinos vivos alcançaram 135,01 mil cabeças em agosto/24, um crescimento de 12,96% no comparativo mensal e o maior volume dos últimos 71 meses (desde setembro/2018), informa a Agrifatto, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
No acumulado de janeiro a agosto de 2024, diz a consultoria, os embarques nacionais de gado em pé totalizaram 592,82 mil unidades, superando em 1,8% o volume registrado em todo o ano de 2023 e a maior quantidade já exportada desde 2018 (mesmo ainda restando quatro meses para o fim de 2024).
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O montante de animais enviados ao exterior até agosto/24 gerou receita total de US$ 480,44 milhões ao Brasil, o que significa um preço médio de US$ 810,44/cabeça (R$ 4.234/cab), calcula a Agrifatto.
“Considerando que o peso médio desses animais foi de 360,78 kg/cabeça, o valor por quilograma vivo de animal embarcado seria de US$ 2,25 (R$ 11,73/kg)”, acrescenta.
Segundo análise da Agrifatto, como mais de 50% dos bovinos vivos exportados saíram do Pará, é possível dizer que este tipo de negócio é bastante rentável ao Estado, já o preço de venda ao exterior é 53% superior ao valor médio do boi magro negociado nas próprias praças paraenses, de R$ 2.800/cabeça (média no ano).
“Obviamente que os custos nessa operação de venda ao exterior são bem maiores, mas vale a atenção no comportamento desse mercado para se aproveitar de possíveis distorções”, observa a Agrifatto.
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Maiores compradores
Grande mercado importador de bovinos vivos do Brasil continua sendo o Oriente Médio (a região responde por mais de 90% das compras totais), com destaque para Iraque, Turquia, Egito, Líbano e Arábia Saudita.