Cuidados no pré-parto

A eficiência do sistema pecuário depende, dentre outros fatores, da produção de uma cria/vaca/ano. Alcançar essa meta, no entanto, não basta. É preciso garantir que o bezerro desmame saudável, pesado, e que sua mãe tenha boas condições corporais para emprenhar novamente. Para vencer esse desafio, DBO está lançando, em parceria com a Bayer, o projeto Crie Bem. Ao longo de quatro capítulos, você ficará por dentro dos cuidados sanitários, nutricionais e de bem-estar animal que deve tomar para melhorar o desempenho do seu rebanho e a rentabilidade de seu negócio. Acompanhe as novidades do projeto e conteúdos extras no endereço www.portaldbo.com.br/bayer-crie-bem

Entrevista Especial

Renato Villela conversa com Matheus Marinho, gerente de produtos da Bayer, sobre os cuidados no pré parto do bezerro. Confira:

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Proteja suas matrizes

A adoção de um programa sanitário é essencial para garantir maior eficiência reprodutiva do plantel. Doenças infecciosas são responsáveis por até 50% dos problemas reprodutivos durante a gestação, por provocar abortos ou perdas embrionárias. As principais são:

Armazenamento da vacina

Vacinas devem ser armazenadas na geladeira entre 2 °C e 8 °C. No dia da vacinação, forre a caixa com uma camada de gelo e só então acondicione os frascos. O preenchimento da caixa deve ser feito intercalando vacinas e gelo.

Tamanho da agulha

Para aplicação subcutânea (A), as agulhas mais utilizadas nas fazendas são as de dimensões 10 x 15 mm, 10 x 18 mm ou 15 mm x 15 mm. Para aplicação intramuscular (B), utilize agulhas entre 25 mm e 35 mm.

Desinfecção

Agulhas e seringas devem ser limpas com água corrente e sabão, colocadas em água fervente por 15 minutos, depois secadas em papel toalha e guardadas em local limpo. No dia da vacinação o ideal é trocar a agulha a cada dez animais.

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Contenção individual

Sempre vacine o animal quando o mesmo estiver imobilizado no tronco de contenção individual. A medida minimiza eventuais erros de aplicação, como subdosagem, além de garantir mais segurança para o operador.


Dicas para uma boa vacinação!

A vacinação é a melhor forma de prevenção contra as doenças reprodutivas, como a brucelose, IBR/BVD, leptospirose e campilobacteriose. 

Para que a proteção seja eficaz é preciso adotar um programa sanitário e tomar cuidados que vão da conservação da vacina aos cuidados na escolha e desinfecção das agulhas.

Conservação das vacinas

· As vacinas devem ser armazenadas na geladeira com temperatura entre 2 ºC e 8 ºC. Evite encostá-las na parede do fundo, pois podem congelar.

· Não deixa as vacinas na porta da geladeira, por causa do risco de oscilação da temperatura pelo ato frequente de abrir e fechar a porta.

· No dia da vacinação, certifique-se de que há gelo suficiente para a quantidade de vacina que se vai usar.

· Antes de retirar as vacinas, forre o fundo da caixa com gelo, para somente então acondicionar os frascos. Cubra-os com uma segunda camada de espessura (5 cm). Preencha a caixa intercalando vacinas e gelo 

· Leve sempre para o curral uma caixa contendo gelo extra

Cuidados com as agulhas!

· No dia da vacinação providencie o número de agulhas compatível com o número de animais a serem vacinados

· Troque a agulha a cada dez aplicações

· Após a troca, coloque a agulha para desinfetar em uma solução à base de amônia quaternária ou hipoclorito. 

· Evite soluções à base de iodo, pois corroem e “cegam” a ponta da agulha.

LEMBRE-SE: Agulhas têm prazo de validade. Uma agulha serve para vacinar aproximadamente 200 animais. Depois a ponta fica rombuda e, por isso, deve ser descartada em local adequado. 

Alimento, água, sombra e tranquilidade...

Os pastos reservados para a parição das matrizes, conhecidos como piquetes maternidade, devem oferecer espaço, sombra, alimento e água à vontade.É importante que o local escolhido fique longe de áreas com movimentações na fazenda, para que a vaca possa parir e reconhecer sua cria com tranquilidade.

Pontos importantes do piquete maternidade!

Atenção às nulíparas!

As nulíparas (vacas de primeira cria) devem ficar separadas das multíparas, sempre que possível. Este manejo diminui o estresse
entre as categorias e ajuda a reduzir o risco de abandono dos bezerros, também conhecidos como guaxos.

Em caso de aborto...

Caso seja observado um aborto, recomenda-se coletar partes do feto e placenta para exame-laboratorial. Desse modo, é mais fácil identificar o agente patogênico que está causando a mortalidade fetal.

Confira na íntegra o 1º capítulo da série publicada na Revista DBO de outubro 2019

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