O segundo fascículo do Crie Bem, parceria entre a DBO e a Bayer, traz os cuidados com os bezerros recém-nascidos. Destacamos, inicialmente, o importante papel dos materneiros, como são chamados os vaqueiros responsáveis por cuidar dos partos e dos bezerros nos seus primeiros dias de vida. Em um País com índices de mortalidade de bezerros do nascimento à desmama ainda muito altos (média de 9%), esse profissional – que deve ter um perfil observador, dedicado e paciente – é capaz de fazer toda a diferença na rentabilidade do negócio. . Ao longo de quatro capítulos, você ficará por dentro dos cuidados sanitários, nutricionais e de bem-estar animal que deve tomar para melhorar o desempenho do seu rebanho e a rentabilidade de seu negócio. Acompanhe as novidades do projeto e conteúdos extras no endereço www.portaldbo.com.br/bayer-crie-bem
Renato Villela conversa com Matheus Marinho, gerente de produtos da Bayer, sobre os cuidados essenciais dos recém nascidos. Confira:
Os procedimentos para cura do umbigo, identificação, pesagem e vermifugação dos bezerros devem ser realizados no dia seguinte ao nascimento, de modo a não interferir na formação do vínculo materno-filial.
Antes de fazer a assepsia do
cordão umbilical, verifique seu comprimento. Corte-o somente se ele for maior do que 5 cm, com tesoura limpa afiada. Aplique solução de iodo (deve ser acima de 7,5%) por pelo menos um minuto, evitando tocar na pele.
A forma mais comum é a
tatuagem. Para que o número
de identificação fique bem
visível, passe primeiro a tinta
entre as nervuras da orelha
do bezerro e só então use o
tatuador. Em seguida, espalhe novamente a tinta.
O medicamento é aplicado por via subcutânea. O local mais indicado para aplicação é a tábua do pescoço. Utilize seringas e agulhas limpas. Para prevenção de miíases, o princípio ativo mais indicado é a doramectina, devido
à sua rápida ação.
Para pesar os bezerros, o ideal é levar uma balança portátil até o piquete maternidade. Um modelo bastante utilizado é a manta de contenção, que permite suspender o bezerro e pode auxiliar nos demais procedimentos.
LEMBRE-SE: Para imobilizar o bezerro, segure-o pela virilha e pescoço, apoie-o na perna e faça-o escorregar cuidadosamente até o chão. Use o peso de seu corpo de modo a evitar que ele se levante. Jamais jogue todo o seu peso sobre o bezerro.
Para a cura do umbigo, o modelo de copo “sem retorno de líquido”, que restringe a aplicação a uma única vez, é o mais indicado, já que o iodo perde sua ação quando em contato com a matéria orgânica, o que desaconselha sua reutilização.
O sistema imunológico dos bezerros recém-nascidos é bastante frágil. Assim, para se protegerem da imediata exposição aos agentes infecciosos, os neonatos precisam ingerir o colostro. É por meio dele que a mãe transfere para a cria seus anticorpos. Conhecida como imunização passiva, a absorção de anticorpos via colostro garante proteção ao bezerro nos primeiros três meses de vida, quando seu sistema de defesa começa a funcionar.
É fundamental que os recém-nascidos sejam observados mamando para se ter certeza de que estão ingerindo o colostro, preferencialmente nas 12 primeiras horas de vida.
Quando perceber que não houve a mamada, (bezerro com “vazio fundo”, tetos da vaca cheios de leite), o marteneiro deve ajudar a cria. Caso necessário, recorra ao banco de colostro e o forneça artificialmente.
Considerada a principal causa de mortalidade dos bezerros em seus primeiros 30 dias de vida, a diarreia neonatal é uma doença multifatorial, associada à interação de agentes infecciosos, como vírus, bactérias e protozoários, além de fatores relacionados à dieta, à condição de higiene dos criatórios, à concentração de animais por área e ao estado sanitário das matrizes.
Renato Villela conversa com Mathues Marinho, gerente de produtos da Bayer, sobre os cuidados essenciais dos recém nascidos. Confira:
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