A fabricante de suplementos nutricionais DSM e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Cepea-USP), apresentaram na manhã desta segunda-feira, 28/3, os resultados zootécnicos e financeiros do Tour de Confinamento, que completou sete anos no ano passado.
Entre os 9 confinamentos participantes de oito Estados do País, a taxa de lucro ou o Retorno Sobre Investimento (ROI, na sigla em inglês) ficou em 6,65%, na média dos 107 dias de engorda dos animais.
A projeção é que este ano o ROI possa chegar a 13,37%. O ROI é a taxa porcentual de “lucro” do pecuarista a cada R$ 1 investido.
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Apesar de a taxa de retorno ter sido a segunda mais baixa ao longo dos sete anos do Tour de Confinamento, ainda assim foi um número surpreendente por conta a alta nos custos ao longo de 2021, segundo o economista agroindustrial Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador do Cepea.
Segundo Carvalho, que analisa de perto os números do Tour de Confinamento, dois itens foram essenciais para essa rentabilidade: valorização do boi gordo e investimento em tecnologia por parte dos confinadores.
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“Evidentemente que o mercado chinês absorveu grande quantidade e foi um grande vetor de lucratividade. No entanto o uso de tecnologia também teve peso, pois foi ela que garantiu mais ganho de peso de carcaça aos animais. Para eu fazer um boi China, de 20 a 30 meses, eu preciso de tecnologia e gestão na atividade”, explica.
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Resultados zootécnicos
As nove propriedades analisadas em 2021 são dos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rondônia, São Paulo e Tocantins.
O rendimento de carcaça ficou em 56,29%, a maior taxa desde o primeiro Tour de Confinamento, em 2015. O peso médio dos animais foi de 21,27 arrobas, resultando 8,19 arrobas produzidas.
O ganho de peso por dia foi 1,63 quilos e o ganho diário de carcaça foi de 1,15. Na edição de 2020, o ganho de peso por dia foi de 1,68 quilos e o ganho diário de carcaça foi de 1,14 quilos.
O Tour DSM de Confinamento chegou ao final do ano passado com mais de 200 mil bovinos de corte avaliados, a maioria deles machos inteiros anelorados.