Confinamento em MT pode crescer quase 60% em 2024

Nova pesquisa do Imea apontou um volume total de 874,31 mil cabeças enviadas aos ganchos neste ano, ante 555,18 mil animais confinados em 2023

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Neste ano, a atividade de confinamento em Mato Grosso pode crescer quase 60% em relação ao resultado registrado em 2023, de acordo com nova pesquisa realizada em julho/24 pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

O 2º levantamento das intenções de confinamento registrou a participação de 98 pecuaristas que, juntos, apontaram um volume de 874,31 mil cabeças enviadas aos ganchos neste ano, o que representa acréscimo de 20,61% em relação ao relatório de abril/24 e avanço de 57,5% na comparação com o consolidado de 2023 (555,18 mil cabeças). Também é superior (em 41,4%) ao resultado apontando na pesquisa de julho/23 (618,360 mil animais).

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“Esse crescimento significativo reflete um maior otimismo dos pecuaristas em relação à atividade, após dois anos de margens apertadas – e por vezes negativas”, destaca o Imea.

Segundo os analistas responsáveis pelo relatório, apesar das incertezas quanto aos preços do boi gordo, a alta nas intenções de confinamento reflete o fortalecimento no poder de compra dos pecuaristas nos dois principais componentes do custo de produção (alimentar e aquisição de animais). “Isso explica o fato de os confinadores estarem ‘puxando fôlego’ na retomada da operação”, diz o Imea.

O custo da diária confinada se manteve estável em relação ao cenário observado em abril/24. Dessa forma, em julho/24, a média da diária confinada (que inclui os custos alimentares e operacionais) foi de R$ 11,75/cabeça/dia, redução de R$ 0,47/cabeça/dia em relação à média do primeiro levantamento do ano.

Essa “lateralização” dos custos, relata o Imea, reflete o comportamento dos preços do boi gordo e do milho no Estado, que apresentaram pouca variação ao longo deste ano. Considerando a média de julho/24 em relação à média de janeiro/24, o preço médio do milho registrou redução de R$ 3,11/sc, enquanto o boi gordo teve uma queda de R$ 3,33/@, ambos indicadores do Imea.

Além do dispêndio com alimentação, a aquisição de animais também possui participação significativa no custo de produção de confinamento. Em julho/24, o boi magro (12@) ficou cotado em média a R$ 225,04/@, o que resultou num ágio sobre a arroba do boi gordo de 10,90% no período – um avanço de 3,3 pontos percentuais em relação ao ágio de abril/24.

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No entanto, observam os analistas, “mesmo diante desse “alongamento no ágio, o indicador ainda está menor quando comparado aos últimos anos”.

O relatório do Imea também compara as margens brutas da atividade deste ano em relação ao ano passado. Considerando um ganho médio de 1,500 kg/peso vivo/dia, e levando em conta o custos médios de 2023, a atividade apresentou margem bruta média de -5,78% no ano passado.

Em 2024, considerando os preços médios de janeiro a julho, a margem bruta média da atividade teve uma recuperação de 6,82 pontos percentuais, ficando em 1,03% (essa conta considera apenas os indicadores básicos, sem incluir despesas financeiras).

Mecanismos de proteção

A adoção de estratégias de proteção de preços atingiu o maior percentual de todos os levantamentos realizados pelo Imea. Entre os entrevistados, 27,59% afirmaram ter utilizado contratos a termo com frigoríficos, enquanto 21,67% optaram por realizar negociações pela B3.

“Esse aumento na adesão a mecanismos de gestão de risco de preços evidencia uma maior cautela por parte dos pecuaristas”, afirma o Imea, acrescentando: “A busca por proteção financeira reflete a necessidade de mitigar riscos de mercado”.

Na mão dos grandes

Segundo o relatório, a maior parte do rebanho confinado está concentrada em confinamentos de grande porte, embora a maioria das estruturas de engorda intensiva seja de pequeno porte, com 29,87% dos entrevistados possuindo capacidade estática de até 1.000 cabeças.

Portanto, a maior parcela do volume previsto (67,86%), estará concentrada em confinamentos com capacidade superior a 10.001 cabeças. “Dessa forma, a perspectiva é que o total de gado terminado entre os confinamentos com capacidade acima de 10.001 cabeças em 2024 seja 26,20% superior em relação à 2023”, observa o Imea.

2º giro

O aumento no volume de gado confinado a partir do segundo giro alterou a distribuição dos envios para abate, com 70,71% do total previsto a ser terminado em confinamento sendo destinados às indústrias no segundo semestre do ano.

Portanto, o maior volume de abates está concentrado entre os meses de agosto, setembro e outubro, representando 37,27% do total confinado no ano. “A maior oferta de gado neste período pode apresentar determinada pressão nos preços pecuários”, antecipa o Imea.

Modelos de engorda

O método de terminação em confinamento permanece como o principal sistema de engorda utilizado pelos pecuaristas entrevistados, com 75% optando por este modelo.

Em seguida, o semiconfinamento foi utilizado por 40,48% dos produtores, enquanto a Terminação Intensiva a Pasto (TIP) foi mencionada por 19,05% dos entrevistados. O Imea diz que alguns pecuaristas optaram por mais de um sistema de terminação.

A proporção observada se manteve semelhante ao levantamento realizado no início do ano, indicando uma estabilidade nas preferências dos produtores quanto aos sistemas de terminação. “A escolha do sistema de terminação está, portanto, diretamente ligada à estratégia de cada pecuarista, considerando fatores como custos, disponibilidade de recursos e expectativas de mercado”, dizem os analistas.

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