Nesta sexta-feira, 20 de maio, o mercado físico do boi gordo registrou poucos negócios entre as praças brasileiras, refletindo uma certa acomodação dos frigoríficos, que atualmente trabalham com escalas de abate bastante confortáveis, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.
“O mercado do boi gordo registrou volumes esparsos de negócios, com players atuando de forma pontual, o que manteve o ambiente de baixa liquidez”, relata a IHS Markit.
Segundo a consultoria, em algumas regiões do País, as programações de abate já foram preenchidas até o final do maio – há casos de unidades frigoríficas com escalas adentrando a primeira semana de junho.
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Levantamento desta sexta-feira realizado pela equipe da Scot Consultoria apontou calmaria nas praças de São Paulo, resultado do avanço das escalas de abate, o que possibilita aos compradores ativos ofertarem preços abaixo da referência.
Na comparação com quinta-feira (19/5), as cotações permaneceram estáveis nesta sexta-feira, com o boi gordo paulista valendo R$ 308/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 275/@ e R$ 304/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), de acordo os dados da Scot.
Neste início de entressafra, porém, os preços dos animais terminados seguem pressionados, consequência da desova dos últimos lotes de boiadas terminadas a pasto e também da posição de cautela adotada pelas indústrias frigoríficas brasileiras.
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Na avaliação da IHS Markit, além do período sazonal, há outros fatores que estão contribuindo para a pressão baixista no mercado físico do boi gordo.
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O principal deles é o atual comportamento do governo da China, que mantém a paralisação de algumas importantes unidades brasileiras, enquanto o país asiático efetua a habilitação para exportação de um significativo número de indústrias norte-americanas.
Além disso, observa a IHS, o consumo de carne bovina no mercado doméstico segue patinando, devido sobretudo ao avanço da inflação e, consequentemente, o menor poder de compra da população brasileira.
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Com o enfraquecimento na renda dos trabalhadores, os cortes de carne bovina sobram nas gôndolas dos supermercados e nos açougues, abrindo espaço para as proteínas correntes, que são mais baratas, tais como frango, carne suína e ovos.
Cotações máximas de machos e fêmeas desta sexta-feira, 20 de maio
(Fonte: IHS Markit)
SP-Noroeste:
boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 265/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 267/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 265/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 275/@ (à vista)
vaca a R$ 265/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 285/@ (prazo)
vaca R$ 265/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 285/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)
RS-Porto Alegre:
boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 260/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 285/@ (prazo)
vaca a R$ 274@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)