A colheita da segunda safra de milho no Brasil chegou a 79,9% (até 21/7/24) da área prevista com a cultura, segundo divulgou nesta semana a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Há um ano, a colheita concentrava 47,9%.
“Mesmo com a redução de área e problemas climáticos em algumas regiões, espera-se boa produção para a segunda safra brasileira”, afirma o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria.
Em Mato Grosso, a colheita avança com bom ritmo e encaminha-se ao fim. No Estado, 97,7% da área está colhida (até 21/7/24) – há um ano eram 79,5%.
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No Estado, diz Fabbri, a expectativa de produtividade está melhor do que as estimativas iniciais apontavam, fato que colabora com o aumento da produção nacional.
Em julho, o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) estimou a produtividade das lavouras mato-grossenses em 113,5 sacas/hectare – em março/24, a estimativa era de 103,8 sacas.
Em Goiás, 62% das lavouras estão colhidas, ante 35% registrado no mesmo período de 2023. A colheita avança dentro da normalidade, com boa qualidade nos grãos.
No Paraná, informa Fabbri, a semana foi marcada por precipitações, enfraquecendo a colheita no Estado. Apesar disso, o ritmo do andamento dos trabalhos é bom (67% em 2024, ante 60% em igual período do ano passado).
No entanto, observa o analista da Scot, o clima seco durante a fase de enchimento de grãos em algumas regiões paranaenses pode ter comprometido a produtividade das lavouras locais, principalmente no Noroeste.
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Preços
Apesar do aumento da oferta, os preços do milho subiram em Campinas (SP), com a saca de 60kg negociada a R$ 58,91(indicador Cepea) na quinta-feira (25/7), um alta diária de 0,60%.
O avanço dos preços do cereal é puxado pelo dólar firme e pela melhor paridade de exportação.“Além disso, o vendedor de milho está mais retraído, conseguindo cadenciar a oferta neste momento”, diz.