Pesquisadores, criadores e técnicos vão discutir os avanços da raça Canchim nesse período, o impacto econômico e as oportunidades futuras. A programação terá início às 14 horas, no auditório da Embrapa Pecuária Sudeste (Rodovia Washington Luiz, km 234, São Carlos, SP).
De acordo com a pesquisadora Cintia Marcondes, o evento vai servir para consolidação dos resultados obtidos pela ciência e pelos criadores para a evolução desses animais no decorrer dos 70 anos e os desafios que ainda devem ser enfrentados.
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“A evolução do Canchim, desenvolvido na Embrapa, foi possibilitada pela incorporação contínua de tecnologias, o que fortaleceu suas características naturais. A busca de conhecimento e novas ferramentas têm contribuído para ajudar na tomada de decisões dos pecuaristas para ter animais cada vez melhores”, destaca Cintia.
Para o criador Emílio Gouvêa, da Canchim Mangalba, atualmente a raça está em um estágio superior de desenvolvimento.
“Hoje, estamos falando do Canchim 5.0. Ele é um animal com umbigo corrigido, qualidade de pelo, aprumos, pigmentação forte, predominância mocha, mucosa mais escura, dócil, com qualidade de carcaça e carne”, conta Gouvêa.
Um levantamento de 2021 estimou 28 rebanhos da raça Canchim no país em criatórios de raça pura registrados de 10 estados – Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo.
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Os animais são reconhecidos por seu ganho de peso, musculosidade, bom rendimento de carcaça e qualidade da carne. Além disso, respondem muito bem na monta natural, apresentando boa libido e capacidade de monta em condições de campo.
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As vacas Canchim são boas mães, não apresentam dificuldade de parto e desmamam bezerros com aproximadamente uma arroba a mais que um bezerro comercial.
A raça foi desenvolvida na Fazenda Canchim, hoje sede da Embrapa Pecuária Sudeste. O centro de pesquisa continua investindo em trabalhos para melhoria do Canchim, envolvendo resistência a parasitas, temperamento, emissão de metano, eficiência alimentar, qualidade da carcaça e da carne, com uso de ultrassonografia de carcaça do animal e medidas de conforto térmico em sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) associadas à reprodução, bem como em estudos em parceria com a Associação Brasileira de Criadores de Canchim (ABCCAN) e a ILMA Agropecuária.
Cintia Marcondes observa que o papel da Embrapa é realizar essa pesquisa aplicada. “Levar um diferencial para quem está no campo conseguir ter os avanços esperados para a pecuária nacional”, fala.