Uma pesquisa recente conduzida pela Universidade de Ciências Médicas do Arkansas (UAMS), nos EUA, concluiu que 100% de carne moída tem um impacto maior na síntese de proteína muscular do que uma proteína alternativa à base de soja, de acordo com reportagem publicada pelo portal australiano beefcentral.com.
As descobertas científicas sugeriram que um humano precisaria do dobro da quantidade de proteína à base de soja para atingir os mesmos resultados, destaca o portal.
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O estudo, publicado originalmente no American Journal of Clinical Nutrition, examinou a resposta anabólica (como o corpo constrói músculos) após consumir um hambúrguer de 120 gramas versus um ou dois hambúrgueres de 120 gramas de um produto popular de hambúrguer à base de soja.
“Os resultados mostraram que apenas uma porção de carne bovina fez o trabalho, enquanto duas porções da alternativa de hambúrguer à base de soja foram necessárias para ver os mesmos benefícios de construção muscular”, destaca a matéria da Beef Central.
Para quem conta calorias, a diferença é impressionante, continua o texto: a carne bovina apresentou esses resultados com menos calorias — 279, em comparação com 462 da proteína alternativa de soja.
“Embora tanto a carne bovina quanto a soja sejam consideradas proteínas ‘completas’, os aminoácidos da carne bovina estão simplesmente mais disponíveis para o músculo usar de forma eficiente”, disse o principal pesquisador do estudo, Robert Wolfe, professor de geriatria da UAMS.
“Essa eficiência pode ser importante, pois o corpo está em um estado constante de renovação de proteínas para reconstruir e reparar proteínas para uma saúde funcional, especialmente quando combinada com atividade física e como parte do desenvolvimento e envelhecimento saudáveis”, disse ele.
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O estudo, ressalta o portal da Beef Central, faz parte de um crescente conjunto de evidências que destacam a importância da proteína de qualidade para a saúde muscular, especialmente à medida que os humanos envelhecem.
“A massa muscular desempenha um papel fundamental na manutenção da força, do equilíbrio e da capacidade de envelhecer de forma independente”, diz o portal australiano tomando como base as orientações da pesquisa científica. E acrescenta: “Para adultos mais velhos, otimizar a saúde muscular por meio de dieta e exercícios pode fazer uma grande diferença na qualidade de vida”.
“A qualidade da proteína importa, tanto quanto a quantidade”, disse Wolfe.
O estudo da UAMS foi conduzido em 24 adultos saudáveis com idades entre 18 e 40 anos, que foram designados aleatoriamente para consumir uma das três refeições de teste — um hambúrguer de 120 g e 100% de carne moída (80 CL, ou seja, 80% magra e 20% de gordura); um hambúrguer de 120 g à base de plantas, feito com soja; ou dois hambúrgueres deste tipo.
Segunda a Beef Central, os pesquisadores revelaram que o projeto foi apoiado financeiramente por uma bolsa da US National Cattleman’s Beef Association. No entanto, a NCBA não teve nenhum papel no design, execução, interpretação ou redação do estudo, acrescenta o portal australiano.