O Brasil é o maior exportador de carne bovina para a China, superando de longe a Argentina, o segundo principal fornecedor mundial da proteína ao país asiático. Em maio/24, a participação da carne bovina brasileira (industrializada, in natura e processada) no ranking chinês de importação foi de 42,13%, um aumento de 2,2 pontos percentuais sobre o resultado de abril/24, de 39,84%, segundo dados oficiais divulgados pelo país asiático e destacado pelos analistas da consultoria Agrifatto.
No mês passado, o Brasil exportou 100,3 mil toneladas de carne bovina, um crescimento mensal de 10,5% em relação ao resultado de abril, de 90,8 mil toneladas.
Por sua vez, a Argentina embarcou à China 54,9 mil toneladas de carne bovina em maio/24, um incremento de 22,27% em relação ao volume computado em abril/24, de 44,9 mil toneladas.
Com isso, a participação da carne bovina argentina na lista de importação ao mercado China atingiu 23,03% em maio/24, ante 19,67% registrado em abril/24, de acordo com os dados estatístico do governo local.
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Ou seja, a atual participação brasileira no ranking chinês de compras de carne bovina representa quase o dobro da fatia ocupada pela proteína argentina.
Ainda considerando o ranking de importação da China, o Uruguai ocupou, em maio/24, a terceira posição (8,4%), seguido pela Austrália (7,8%), Nova Zelândia (6,1%), EUA (5,7%), Bolívia (3,5%), entre outros.
Valor da compra
Em maio/24, o preço médio pago pela tonelada de carne importada pela China (considerando todos os fornecedores mundiais) ficou em US$ 4.740/toneladas, queda de 2,6% sobre a cotação média de abril/24 e baixa de 14,2% em relação ao valor médio de maio/23.
Segundo relatos da Agrifatto, os importadores “continuam pressionando” para reduzir os valores de compra, o que dificulta novos negócios.
“As últimas ofertas da China para compra de dianteiro foram em US$ 4.100/t a US$4.500/t, um preço bem menor do que os exportadores gostariam, mas que, diante da pressão de oferta atual, está tendo efetividade”, afirmam os analistas da Agrifatto.
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Competitividade
A carne bovina brasileira é uma das mais competitivas no mercado internacional, em razão da bons estoques de disponíveis, do câmbio altamente favorável (forte desvalorização do real frente ao dólar) e do baixo preço da matéria-prima (boi gordo).
Participação dos países exportadores de carne bovina nas importações chinesas em maio/24 (Fonte: GACC e Agrifatto)
Brasil – 42%
Argentina – 23%
Uruguai – 8,4%
Austrália – 7,8 %
Nova Zelândia – 6,1%
EUA – 5,7%
Bolívia – 3,5%
Cotações atuais do boi gordo (US$/@) nos países fornecedores (Fonte: Faxcarne; Cepea; Agrifatto)
*Brasil – 41,5
Paraguai – 45,0
Chile – 52,2
Austrália – 54,0
Argentina – 54,2
Uruguai – 57,8
Nova Zelândia – 60,6
Colômbia – 65,9
União Europeia – 82,7
EUA – 102,8
*Referência São Paulo