Carne bovina: Brasil, Uruguai e Austrália reduzem participação no mercado da China

Queda no preço pago pelos importadores chineses estimula a diversificação de clientes por parte dos exportadores, embora a dependência do gigante asiático ainda seja alta

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Os baixos valores pagos pela China pela tonelada da carne bovina importada estão forçando a busca dos tradicionais exportadores por outros mercados compradores da commodity.

Reportagem publicada no portal argentino La Voz aponta o Brasil, Uruguai e Austrália como países que estão reduzindo a dependência pelo mercado chinês e, ao mesmo tempo, seguem expandindo a presença em outros países.

Segundo a fonte, “o Brasil, que em 2022 colocou 62% dos seus envios totais na China, hoje exporta 49% do total, aumentando recentemente as suas vendas para Emirados Árabes Unidos, Rússia, Egito, Filipinas, Oriente Médio, Turquia e Estados Unidos”.

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Por sua vez, continua o La Voz, “o Uruguai, que em 2022 vendeu 66% do total de carne bovina exportada para o mercado chinês, atualmente exporta menos de 40%, elevando as suas colocações nos Estados Unidos, Rússia, Israel, Brasil, Reino Unido e União Europeia”.

Segundo matéria do portal uruguaio El Observador, “a participação da China nas exportações de carne bovina do Uruguai caiu de 59% em junho/23 para 35% em junho/24”.

Enquanto isso, seguindo trajetória contrária, os envios de carne uruguaia para os Estados Unidos “saltaram de 23% para 37%”, considerando a mesma base de comparação. “As exportações para o mercado norte-americano mais que duplicaram em junho/24 (em relação ao mesmo mês do ano passado), totalizando 15.651 toneladas”, aponta o El Observador.

A Austrália, diz o portal argentino La Voz, também está “aproveitando o momento extraordinário do mercado norte-americano”, onde o país da Oceania “tem uma enorme cota assegurada de 376 mil toneladas)”.

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De janeiro a maio deste ano, as vendas de carne bovina australiana para os Estados Unidos cresceram 85%, no comparativo anual, afirma o La Voz. Nos últimos dois anos, a Austrália reduziu a sua participação no mercado chinês de 19% para 15% do total das exportações, acrescenta a reportagem.

Ainda em relação ao mercado norte-americano, o portal australiano Beef Central ressalta o aumento da presença da carne bovina brasileira no gigante da América do Norte.

O Brasil atingiu sua pequena cota anual (dividida com “outros países”) para os EUA em março/24 e, desde então, vem sendo sobrecarregado com uma tarifa adicional de 26%, recorda a reportagem, acrescentando:  “A tarifa fora da cota foi pensada para manter as exportações brasileiras para os EUA sob controle, mas esse não foi o caso em junho/24, já que os embarques atingiram 17.500 toneladas, volume três vezes acima do resultado obtido em igual mês do ano passado”.

Contra a maré

Diferentemente de outros importadores exportadores mundiais, a Argentina ainda não conseguiu reduzir a sua dependência do mercado chinês.

Segundo o portal La Voz, “a Argentina, que em 2022 colocou 78% de toda a carne bovina exportada na China, manteve exatamente a mesma participação nos primeiros três meses de 2024”.

“É muito difícil para nós encontrar um mercado alternativo (em grandes volume) para reduzir a nossa dependência da China”, disse um exportador local ao portal La Voz.

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