Nesta metade da semana, o mercado físico do boi gordo continuou o seu caminho de valorizações e fechou mais um dia com alta em importantes praças brasileiras, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.
Segundo apurou a Scot Consultoria, nesta quarta-feira (11/9), os preços dos animais terminados voltaram a registrar altas expressivas no mercado paulista.
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Dessa maneira, o boi gordo de SP subiu para R$ 250/@, no prazo, com acréscimo diário de R$ 5/@.
A vaca gorda teve o mesmo valor de aumento, chegando em R$ 225/@, enquanto a novilha gorda registrou elevação diária de R$ 3/@, atingindo R$ 240/@, de acordo com a Scot.
Por sua vez, o “boi-China” apresentou valorização de R$ 5/@ na praça paulista, agora comercializado em R$ 255/@ (com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”).
Pelos dados da Scot, na comparação feita ano a ano, a cotação da arroba do boi gordo negociado na praça paulista apresenta um forte avanço de 28% – no mesmo período em 2023, o animal estava cotado em R$ 195/@ (dados da consultoria).
Pelo Indicador Cepea, em 11/9/2023, o boi gordo (praça paulista, à vista) era negociado, nominalmente, por R$ 204,15/@. Na terça-feira (último dado disponível no site do Cepea até o fechamento deste texto), o mesmo indicador fechou o dia valendo R$ 246,33/@.
“As ofertas estão restritas e as escalas de abate seguem encurtando, e hoje atendem, em média, sete dias”, relata a Scot, ainda referindo-se ao mercado de São Paulo.
Porém, diz a consultoria, os frigoríficos paulistas que compram boiadas com contratos a termo trabalham com escalas de abate um pouco mais tranquilas.
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Na avalição da Agrifatto, o principal indicador que guia o movimento de alta neste momento é a oferta mais restrita de bovinos.
Segundo a consultoria, nesta semana, o destaque por enquanto fica para o Estado de Rondônia, que registrou um aumento diário de 1,72% no preço do boi gordo e avanço de 4,04% no comparativo semanal, atingindo R$ 208,22/@.
Devido à restrição de oferta, diz a Agrifatto, o volume negociado de animais gordos foi apenas o suficiente para controlar o atendimento das escalas em sete dias, em nível nacional.
Nesse contexto, continua a consultoria, se destacam Mato Grosso, Tocantins e Acre, que, mesmo com altas seguidas nos preços, têm experimentado um encurtamento das programações acima do razoável.
Pelos dados da Agrifatto, o preço do boi gordo em São Paulo subiu para R$ 255/@ nesta quarta-feira (média entre o animal “comum” e o “boi-China).
Nas demais regiões monitoradas pela consultoria (outras 16 praças), a cotação média do boi gordo subiu para R$ 235,60/@.
“Dez das 17 praças registraram valorização hoje (11/9): SP, BA, ES, GO, MG, MS, PA, PR, RO e TO”, destaca a Agrifatto. As outras 7 regiões mantiveram seus preços estáveis (AC, AL, MA, MT, RJ, RS e SC)”, relata a Agrifatto.
Mercado futuro acompanha
Na B3, o otimismo também prevalece: o contrato futuro do boi gordo com vencimento em dezembro/24 indicou um acréscimo de 0,53%, ficando cotado a R$ 266,50/@.
Com 1.309 contratos negociados na terça-feira (10/9), o vencimento outubro/24 (pico da entressafra) acumulou mais um dia de alta e encerrou o pregão regular cotado a R$ 260,25/@.
Atacado/Varejo
Na semana passada, as vendas de carne bovina no varejo estavam a todo vapor, recorda a Agrifatto. Nesta semana, porém, as coisas começaram a dar sinais de mudança, continua a consultoria.
“As vendas da proteína no mercado interno demonstraram maior fraqueza no último final de semana”, diz a Agrifatto, acrescentando: “Ainda assim, as distribuições mantiveram-se em um nível razoável, mas os pedidos de reposição de estoques demonstraram uma redução significativa”.
A carcaça do boi castrado ficou cotada a R$ 17,00/kg, apontando estabilidade, mas com sinal de atenção para possíveis reajustes negativos.
Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quarta-feira (11/9):
São Paulo — O “boi comum” vale R$255,00 a arroba. O “boi China”, R$255,00. Média de R$255,00. Vaca a R$230,00. Novilha a R$240,00. Escalas de abates de dez dias;
Minas Gerais — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China”, R$250,00. Média de R$245,00. Vaca a R$225,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de sete dias;
Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$255,00 a arroba. O “boi China”,R$260,00. Média de R$257,50. Vaca a R$235,00. Novilha a R$240,00. Escalas de cinco dias;
Mato Grosso — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$220,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de sete dias;
Tocantins — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$235,00. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de seis dias;
Pará — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$235,00. Vaca a R$210,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de nove dias;
Goiás — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$250,00. Média de R$245,00. Vaca a R$225,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de sete dias;
Rondônia — O boi vale R$215,00 a arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de oito dias;
Maranhão — O boi vale R$215,00 por arroba. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de sete dias;
Paraná — O boi vale R$260,00 por arroba. Vaca a R$235,00. Novilha a R$240,00. Escalas de abate de cinco dias.