Seguindo a característica típica de começo de semana, o volume de negócios no mercado físico do boi gordo foi praticamente nulo nesta segunda-feira (7/8), informa a S&P Global.
“Muitas unidades frigoríficas não abriram preços de compra de gado gordo, optando por avaliar as vendas de carne durante o final de semana”, afirma a consultoria.
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Ao mesmo tempo, boa parte dos pecuaristas também decidiu ficar ausente dos negócios, com a expectativa de que o consumo doméstico de carne bovina avance neste início de mês, puxado pelo pagamento dos salários aos trabalhadores.
Segundo os analistas, a oferta de animais terminados se mostra cada vez mais enxuta, refletindo o avanço do período de entressafra do boi no Brasil.
Além disso, muitos frigoríficos relatam que a atual dificuldade no escoamento da produção de carne bovina limita o ritmo de aquisição de animais terminados.
“Neste momento, a disponibilidade de lotes nas escalas de abate se mostra suficiente para atender às necessidades mais urgentes, o que também colabora para a morosidade de negócios”, ressalta a S&P Global.
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Outra estratégia dos frigoríficos, continua a consultaria, é aumentar o fluxo de cargas de animais vivos entre os Estados onde há maior disponibilidade de oferta, visando complementar as programações de abate.
Com isso, a lentidão das compras de boiada gorda resulta em um quadro de estabilidade nos preços da arroba na maioria absoluta das praças brasileiras, relata a S&P Global.
Na avaliação da consultoria, a possibilidade de retomada mais consistente das vendas de carne bovina ao exterior, sobretudo à China, podem resultar em alguma recuperação nos preços físicos do boi gordo nos próximos meses.
Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo seguem fragilizadas.
“Os fundos estão mais cautelosos e liquidando posições diante da falta de expectativas mais positivas em relação ao consumo e as exportações”, justificam os analistas.
No atacado, as vendas dos principais cortes bovinos registraram tímida melhora no último fim de semana, suficientes apenas para sustentar os preços.
Dados Scot – Em São Paulo, a semana teve início com estabilidade nas cotações de todas as categorias de bovinos para abate, relata a Scot Consultoria.
“Boa parte das indústrias frigoríficas segue fora das compras e as escalas de abate estão confortáveis”, afirmam os analistas da Scot.
Com isso, o boi gordo paulista está sendo negociado em R$ 230/@, a vaca gorda em R$ 205/@ e a novilha gorda em R$ 220/@, preços brutos e a prazo. O “boi-China” vale R$ 235/@, bruto, no prazo, base SP.
Cotações máximas de machos e fêmeas na segunda-feira, 7/8
(Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
boi a R$ 233/@ (prazo)
vaca a R$ 212/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 232/@ (à vista)
vaca a R$ 207/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 227/@ (prazo)
vaca a R$ 209/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 202/@ (prazo)
vaca a R$ 177/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 202/@ (à vista)
vaca a R$ 177/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 197/@ (à vista)
vaca a R$ 172/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 214/@ (prazo)
vaca R$ 197/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 197/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 231/@ (à vista)
vaca a R$ 202/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 231/@ (prazo)
vaca a R$ 202/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 202/@ (prazo)
vaca a R$ 187/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 202/@ (à vista)
vaca a R$ 192/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 255/@ (à vista)
vaca a R$ 228/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 199/@ (prazo)
vaca a R$ 182/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 197/@ (prazo)
vaca a R$ 183/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 207/@ (prazo)
vaca a R$ 194/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 202/@ (prazo)
vaca a R$ 182/@ (prazo)
RO-Cacoal:
boi a R$ 195/@ (à vista)
vaca a R$ 175/@ (à vista)
MA-Açailândia:
boi a R$ 192/@ (à vista)
vaca a R$ 175/@ (à vista)