Boi gordo: escalas dos frigoríficos seguem confortáveis, mas preços da arroba estão firmes

Nesta segunda metade do mês, os estoques podem subir em razão da queda de renda da população, o que pode reduzir as chances de altas significativas nas cotações no curto prazo

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Nesta semana, o volume de animais gordos negociado no mercado brasileiro tem sido o suficiente para manter as escalas de abate confortáveis nos frigoríficos do País, afirma a Agrifatto, acrescentando que as programações continuam em 9 dias úteis, na média nacional. Porém, diz a consultoria, ainda que as indústrias permaneçam com boas escalas, para manter o nível atual, o preço pago pela arroba do boi gordo “está sendo um pouco maior a cada dia”.

A Agrifatto destaca a praça de Rondônia, que registrou a mais significativa variação diária entre as 17 regiões monitoradas, com alta de 0,78%, ficando cotado a R$ 188,26/@ – o maior valor desde 09/05/24.

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Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, nesta quarta-feira (14/8), os preços do animais terminados ficaram firmes no mercado paulista.

A arroba do boi gordo segue cotada em R$ 230, a da vaca em R$ 207 e a da novilha em R$ 220 (preços brutos e a prazo). O “boi-China” (base SP) está valendo R$ 235/@, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”.

Na B3, os ajustes do boi gordo futuro foram negativos, em evidência o contrato com vencimento em outubro/24, que apresentou declínio de 0,57%, ficando cotado a R$ 242,65/@.

Na avaliação da Scot, no curto prazo, a expectativa é de uma redução na demanda doméstica de carne bovina, decorrente dos gastos maiores durante a comemoração do “Dia dos Pais” e da chegada da segunda quinzena do mês (período marcado pela redução de renda da população brasileira).

“No último final de semana, o mercado interno demonstrou firmeza por conta da data comemorativa, porém o início desta semana já ficou marcado por uma demanda perdendo força”, reforça a Agrifatto.

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Diante disso, há mercadorias nos estoques dos pontos de distribuição, além do que ainda há devoluções parciais pela suposta “baixa” qualidade dos produtos, acrescenta a consultoria.

“Como estamos em transição para a segunda quinzena do mês, espera-se um escoamento menor no mercado doméstico, devido à diminuição no capital dos consumidores”, ressaltam os analistas.

No mercado paulista, a carcaça casada do boi castrado está cotada a R$ 16,00/kg, ainda com estabilidade, mas que pode sofrer pressão a partir de quinta-feira (15/8), observa a Agrifatto.

Demanda chinesa

O início das preparações para as festividades do Ano Novo Chinês tem impulsionando as importações de carne bovina da China, relata a Agrifatto.

Além disso, a recuperação da demanda por determinados cortes de carne tem se destacado, o que tem permitido um aumento nos preços da proteína importada.

“Vale ressaltar também a recente valorização da moeda chinesa frente ao dólar, o que ajuda a dar impulso no mercado”, acrescenta a consultoria.

Dessa forma, os negócios envolvendo carne bovina brasileira com destino a China demonstraram uma valorização, com o dianteiro bovino anotando alta de 1,10%, ficando cotado a US$ 4.600/toneladas, segundo apurou a Agrifatto.

Uma outra justificativa para esse aumento de preços está na redução dos estoques de carne bovina na China. Segundo a consultoria OIG+X, os estoques da proteína bovina no gigante asiático atingiram o menor nível dos últimos dois anos, reforçando o argumento da maior procura dos chineses pela carne bovina.

Tensão no mercado

Segundo a Agrifatto, um ponto importante a se destacar é a atual tensão diplomática entre os EUA e o Paraguai, devido ao governo norte-americano ter validado sanções impostas à empesa Tabesa, uma companhia de tabaco paraguaia, alegando que a empresa teria fornecido apoio econômico ao ex-presidente Horacio Cartes. Em resposta, o governo Paraguai expressou descontentamento através do ministério das relações exteriores.

Randy Ross, presidente da Câmara Paraguaia de Carnes (CPC), expressou preocupação com uma possível repercussão nas relações comerciais entre os países, em especial no setor de carne bovina, relata a Agrifatto.

“Os EUA são um dos principais destinos para a carne paraguaia”, dizem os analistas. Em apenas sete meses de ano, diz a consultoria, os EUA se tornaram o quinto maior importador da carne do Paraguai.

Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto nesta quarta-feira (14/8):

São Paulo — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$237,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abates de onze dias;

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de nove dias;

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$235,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$237,50. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de sete dias;

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$212,50. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias;

Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias;

Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias;

Goiás — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$230,00. Média de R$227,50. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias;

Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00 185,00. Escalas de abate de treze dias;

Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de nove dias;

Paraná — O boi vale R$238,00 por arroba. Vaca a R$210,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de sete dias.

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