A cotação do boi gordo “comum” subiu R$ 3/@ nesta terça-feira (8/10) em São Paulo, para R$ 280/@, no prazo, apurou a Scot Consultoria.
Por sua vez, acrescenta a Scot, o “boi-China” registrou avanço diário de R$ 2/@, atingindo R$ 287/@ no mercado paulista, um ágio de R$ 7/@ sobre o animal sem padrão-exportação.
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Na mesma praça, os preços da vaca e da novilha gordas permaneceram estáveis, comercializadas em R$ 255/@ e R$ 275/@, respectivamente.
Pelos dados da Scot, as escalas de abate dos frigoríficos paulistas giram hoje em torno de sete dias.
“É importante destacar que a demanda pela carne bovina permanece aquecida”, ressalta a Agrifatto, citando um dos fatores que têm contribuído para o forte movimento de alta nos preços do boi gordo nas últimas semanas.
Segundo a consultoria, no mercado doméstico brasileiro, os preços da carne no atacado têm se mantido em alta por sete semanas consecutivas, impulsionados pelo aumento do consumo no varejo durante esse período.
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No mercado internacional, dizem os analistas, a busca dos importadores pela proteína brasileira continua bastante aquecida, tanto que os embarques em setembro/24 alcançaram o maior volume da história, batendo 286,75 mil toneladas (produto in natura e industrializado), de acordo com os dados da Abiec.
Os dados levantados pela Agrifatto indicam um preço de boi gordo no mercado paulista entre R$ 290/@ (sem padrão-exportação) e R$ 295/@ (boi-China), resultando numa média de R$ 287,50@.
Nas outras 16 praças monitoradas diariamente pela Agrifatto, a média do bovino terminado avançou para R$261,40.
“Quinze das 17 praças acompanhadas registraram valorização na arroba nesta terça-feira (SP, AC, AL, BA, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PR, RO, SC e TO); as outras duas regiões mantiveram suas cotações inalteradas (RJ e RS)”, destaca a Agrifatto.
No mercado futuro, contrariando a tendência de queda dos dois pregões anteriores, todos os contratos do boi gordo na B3 apresentaram alta na segunda-feira (7/10).
O contrato com vencimento em outubro/24 foi cotado a R$ 288,40/@, com valorização de 1,10% em relação ao dia anterior.
Varejo/atacado
As vendas de carne bovina no varejo na capital paulista entre a última sexta e domingo foram consideradas positivas, impulsionadas pelo pagamento de benefícios aos aposentados no início do mês e pela antecipação de parte significativa dos salários de setembro, que muitas empresas pagaram na sexta-feira (4/10), relata a Agrifatto.
No entanto, diz a consultoria, na segunda-feira (7/10), o movimento no varejo diminuiu um pouco, situação considerada normal.
Pelos mesmos motivos, as distribuições de carnes com ossos se mantiveram consistentes nos últimos três dias, embora tenham apresentado uma leve queda nesta terça-feira (8/10|).
“Houve algumas devoluções parciais por problemas de qualidade, mas não foram relatados casos de retornos totais por outros motivos”, observa a Agrifatto.
Com o mercado enxuto, afirma a consultoria, atualmente não há oferta aparente. No entanto, há uma leve demanda por carne para consumo direto com entregas previstas ainda para esta semana.
“Destaca-se o dianteiro, que está tendo um bom escoamento e apresenta preços firmes, com tendência de alta”, informa a Agrifatto.
Por outro lado, diz a consultoria, os cortes do quarto traseiro, como contrafilé, alcatra e coxão mole, estão chegando ao mercado com preços elevados, o que os tornam inacessíveis para o consumidor médio.
“Como resultado, muitos estão optando por carnes mais econômicas, como acém, paleta e peito, além de proteínas concorrentes da carne bovina, como aves, suínos, ovos e produtos industrializados”, relata a Agrifatto.
Nas negociações agendadas para a próxima quinta-feira, 10 de outubro, que ainda visam o suprimento do final da primeira quinzena do mês, a tendência é que os preços da carne bovina se mantenham estáveis, com sustentação moderada.
“Porém, nesta próxima quinta-feira, as indústrias de processamento de carne desossada podem retomar as compras de carcaças em um volume levemente superior ao da semana anterior”, antecipam os analistas da Agrifatto.
Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na terça-feira (8/10):
São Paulo — O “boi comum” vale R$290,00 a arroba. O “boi China”, R$295,00. Média de R$292,50. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abates de oito dias;
Minas Gerais — O “boi comum” vale R$275,00 a arroba. O “boi China”, R$280,00. Média de R$277,50. Vaca a R$255,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de seis dias;
Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$280,00 a arroba. O “boi China”,R$285,00. Média de R$282,50. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de cinco dias;
Mato Grosso — O “boi comum” vale R$240,00 a arroba. O “boi China”, R$250,00. Média de R$245,00. Vaca a R$235,00. Novilha a R$235,00. Escalas de abate de seis dias;
Tocantins — O “boi comum” vale R$260,00 a arroba. O “boi China”, R$270,00. Média de R$265,00. Vaca a R$240,00. Novilha a R$245,00. Escalas de abate de cinco dias; Pará — O “boi comum” vale R$250,00 a arroba. O “boi China”, R$260,00. Média de R$255,00. Vaca a R$235,00. Novilha a R$240,00. Escalas de abate de seis dias;
Goiás — O “boi comum” vale R$275,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$280,00. Média de R$277,50. Vaca a R$255,00. Novilha a R$265,00. Escalas de abate de seis dias;
Rondônia — O boi vale R$255,00 a arroba. Vaca a R$235,00. Novilha a R$240,00. Escalas de abate de nove dias;
Maranhão — O boi vale R$250,00 por arroba. Vaca a R$230,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de seis dias;
Paraná — O boi vale R$285,00 por arroba. Vaca a R$265,00. Novilha a R$275,00. Escalas de abate de cinco dias.