Em janeiro/24, o mercado da reposição em Mato Grosso chamou a atenção pela disparidade de desempenho entre os machos e as fêmeas, apurou a Agrifatto, que acompanha diariamente 17 importantes praças pecuárias do País.
Enquanto os machos de reposição tiveram um desempenho mais firme, as fêmeas registraram uma grande perda de valor, observou a consultoria.
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“Quanto mais pesada as fêmeas, mais elas desvalorizaram”, acrescentaram os analista da Agrifatto.
O destaque negativo ficou por conta da fêmea de 12,5@, que fechou janeiro/24 com preço médio de R$ 175/@ (ou R$ 2.182/cabeça), recuando 6,32% no comparativo mensal (janeiro/24 versus dezembro/24).
Segundo a Agrifatto, a principal justificativa para o maior recuo das fêmeas é o aumento na oferta. “O pecuarista que vendeu esse tipo de animal estava com uma situação de pasto mais delicada e precisou se desfazer dos lotes”, justificou a consultoria.
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Neste momento, diz Agrifatto, há deságio dessa categoria frente a vacas destinada ao abate, que chega a 10%.
“Ou seja, essas fêmeas estão sendo negociadas no mercado de reposição a preços menores do que seriam se fossem vendidas para o abate”, diz a consultoria, acrescentando: “Mas o problema é que não houve interesse dos frigoríficos mato-grossenses”.
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Segundo os analistas, as indústrias do Estado se recusaram abater fêmeas com menos de 14@ e isso colocou as fêmeas de reposição (e os pecuaristas) nessa “sinuca de bico”, tendo que vender a preços menores que o que essa vaca geraria de carne.
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Para fevereiro/24, prevê a Agrifatto, espera-se um mercado ainda bem ofertado na reposição de animais, com a pressão negativa ainda circulando pelos “corredores” do mercado.