A Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO) coordenou visitas técnicas ao Pampa Gaúcho, em Bagé, Rio Grande do Sul, com o propósito de conhecer e coletar informações de fazendas que possuem produtos com Indicação Geográfica local, como propriedades de criação de animais das raças Hereford e Braford, de produção de uvas e vinho, oliveiras e de azeite de oliva.
Durante a visita, que também contou com workshop, foi possível conhecer mais sobre a produção local e buscar informações que podem auxiliar em um avanço no processo de certificação para a carne sustentável do Pantanal.
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A visita trouxe diversos pontos positivos para a associação, como a aproximação e troca de experiências com a APROPAMPA, APROCIMA e a Associação dos Produtores de Vinhos Finos da Campanha Gaúcha.
Além disso, foi proporcionado um benchmark de experiências que podem referenciar futuramente no processo de gestão da IG para a ABPO.
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“A Indicação Geográfica pode atribuir valor à carne pantaneira, além de auxiliar em relação a sua qualidade e reputação, fator que pode facilitar no reconhecimento e desenvolvimento do Pantanal. Além disso, agrega valor ao produtor pantaneiro. A ABPO possui legitimidade na representação dos pantaneiros para ser a gestora da Indicação Geográfica”, comenta Eduardo Cruzetta, presidente da ABPO.
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Além da presença da ABPO, diversas instituições que representam um papel importante no Pantanal estiveram presentes, para dar suporte ao projeto de Indicação Geográfica da Carne Sustentável do Pantanal.
Foram convidados pela ABPO representantes da Embrapa Gado de Corte, Embrapa Pantanal, CICarne, Famasul, SEMAGRO, SEBRAE, MAPA, FAMATO e os Sindicatos Rurais de Corumbá, Cáceres e Poconé.
A pecuária tradicional e extensiva praticada há décadas na região do Pantanal é fator de conservação ambiental e, segundo a Embrapa Pantanal, foi constatado que 87% da vegetação nativa do Pantanal está intacta. Os produtores pantaneiros auxiliam na manutenção do bioma da região, no qual se baseia na manutenção das pastagens nativas de boa qualidade.
Para a ABPO, a Indicação Geográfica pode proporcionar uma valorização e desenvolvimento da região do Pantanal, além de garantir uma preservação da cultura, história e tradição local.
Além disso, a obtenção de uma IG pode atribuir à carne orgânica e sustentável produzida pela ABPO e que possui o terroir do Pantanal, identidade própria, reputação e valor intrínseco, além de melhorar a comercialização e facilitar o contato com o consumidor.
“Estamos buscando informações para alcançarmos a Indicação Geográfica para a carne sustentável do Pantanal e com isso melhorar o reconhecimento do produtor local. Nossa meta é de que a população conheça e valorize a carne pantaneira, que preserva as tradições locais e contribui para a conservação do bioma Pantanal”, enfatiza Silvio Balduino, Gerente Executivo da ABPO.
O processo de Indicação Geográfica é longo e demorado, mas muitas etapas já foram concluídas pela ABPO, que deve finalizar o processo no próximo ano, após o requerimento da IG junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Fonte: Ascom ABPO