
O Brasil registrou o abate de 7,25 milhões de cabeças de bovinos no primeiro trimestre de 2020. O resultado foi o mais baixo desde 2012, ficando 10,2% abaixo do trimestre anterior e 8,5% inferior ao 1° trimestre de 2019. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 10 de junho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com o primeiro trimestre de 2019, a queda no abate de bovinos foi puxada por reduções em 20 dos 27 Estados. Foram 672,49 mil cabeças a menos do que no mesmo período do ano passado.
De acordo com o IBGE, as reduções mais significativas ocorreram nos Estados de Goiás (-157,68 mil cabeças) , Mato Grosso (-120,70 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-90,56 mil cabeças), Rio Grande do Sul (-65,49 mil cabeças), Tocantins (-56,09 mil cabeças), Pará (-48,65 mil cabeças), São Paulo (-47,15 mil cabeças), Bahia (-45,36 mil cabeças), Rondônia (-22,18 mil cabeças) e Maranhão (-9,82 mil cabeças).
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O levantamento da entidade aponta ainda que houve altas em Santa Catarina (+15,26 mil cabeças) e no Acre (+8,35 mil cabeças). O Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 17,0% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,1%) e São Paulo (10,1%).
“Vários fatores podem ter contribuído para essa redução, desde o consumo interno até as variações de preços. Um diferencial observado, por exemplo, foi que, devido à melhoria dos preços dos bezerros, os produtores de carne preferiram poupar as fêmeas do abate para que elas possam gerar mais bezerros. Isso reduziu o número de fêmeas abatidas em relação ao primeiro trimestre de 2019”, afirma Bernardo Viscardi, analista de pesquisa da entidade.